Estudo TAILORX – Grupo de Risco Intermediário

No último Congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO) realizado na cidade de Chicado, EUA, foram apresentados os resultados do Estudo TAYLORX (Trial Individualized Options for Treatment). Este Estudo avaliou o papel do Escore de Recorrência para câncer de mama obtido através do painel de 21 genes expressos no carcinoma mamário comercialmente conhecido como ONCOTYPE DX TM. Foram apresentados os resultados finais de nove anos de acompanhamento do grupo de risco intermediário (score entre 11-25), comparando-se o tratamento com quimioterapia associado à hormonioterapia (endocrinoterapia) com o tratamento apenas com hormonioterapia (endocrinoterapia). O estudo prospectivo e randomizado foi desenhado para avaliar a não inferioridade da terapêutica com hormonioterapia sozinha quando comparada à quimioterapia associada à hormonioterapia (tratamento combinado).

Os objetivos primários do estudo foram: sobrevida livre de doença invasiva, definida como sobrevida de recorrência de doença invasiva, segundo carcinoma primário ou morte. Os objetivos secundários foram: sobrevida livre de recorrência à distância, sobrevida livre de doença à distância ou regional e sobrevida global.

Foram analisadas, neste subgrupo de score de recorrência, 9.719 pacientes, que apresentavam tumores medindo de 1,1 a 5,0 cm, receptor hormonal positivo, HER2 NEU negativas e axila negativa. A maioria das pacientes apresentava risco clínico baixo (73-74%).

A hormonioterapia, neste grupo analisado de score de risco intermediário, não foi inferior ao tratamento combinado. Evidenciou-se Hazard Ratio para sobrevida livre de doença invasive de 1.08 (IC de 0.94-1.24; P = 0.26).

Após nove anos de seguimento, os dois grupos de tratamento tinham taxas de sobrevida global semelhantes: 83.1% para o grupo tratado apenas com hormonioterapia e 84, 7% para o grupo tratado com o tratamento combinado.

Este estudo, portanto, evidencia que, neste subgrupo de pacientes analisadas, o tratamento com hormonioterapia pode ser suficiente na adjuvância não sendo necessária, portanto, a inclusão de quimioterapia na Adjuvância destas pacientes.

Entretanto nas pacientes com menos de cinquenta anos de idade foi evidenciado maior benefício do tratamento combinado, principalmente se o score encontrado no teste for de 21 a 25. Neste subgrupo analisado, tal benefício foi de 3, 2% aos cinco anos e de 6,5% aos nove anos de acompanhamento no que diz respeito à recorrência livre de doença à distância.