A palestra “Rastreamento em pessoas transgêneros: o que sabemos”, proferida pela Dra. Maria Julia Calas, Vice-Presidente da SBM – RJ, sobre o atendimento a esse público despertou bastante interesse dos participantes, sendo uma das palestras com maior repercussão ao longo do evento.
Em sua apresentação, a mastologista chamou a atenção para a necessidade de se definir quem é essa população, alertando que, para isso, é preciso decodificarmos nossos conceitos e deixar de lado os nossos preconceitos.
Ela chamou a atenção que no caso dos transgêneros, público que não se identifica com o seu sexo biológico, há um grande desafio da sociedade para o desenvolvimento de políticas públicas para essa parcela da população que sofre com preconceitos, estigmas, rejeição e discriminação.
A maioria dos transgêneros, tanto masculinos quanto femininos, não buscam serviços especializados por falta de acolhimento, devido a uma inadequada qualificação dos profissionais de saúde no atendimento a essa população, além da falta de investimento em campanhas de conscientização que promovam melhor entendimento da sociedade em geral sobre esses cidadãos, além de combater atitudes homofóbicas e preconceituosas.
O uso de hormônios e o risco de câncer de mama nessa população não são conhecidos por vários motivos, como a falta de informação de dose hormonal, tempo de uso, entre outras. No entanto, quando se fala na incidência de câncer de mama nesse público, a literatura também não é definida, mas de uma forma geral, nos transgêneros masculinos (que nascem com o sexo feminino, mas se identificam com o gênero masculino) há uma incidência de 5,9% por 100 mil pacientes por ano. Nos transgêneros femininos (que nascem com o sexo masculino, mas se identificam com o gênero feminino) esse percentual é de 4,1% também por 100 mil pacientes por ano.
Para saber mais sobre a palestra é só entrar no site do evento simrio2021.com.br que estará disponível até o dia 10 setembro.