*Por Alexandre Villela de Freitas
Não existe nada mais americano que Coca-Cola e nada mais caribenho que Rum, de onde e como surge esta bebida. A mistura de Rum, Cuba Libre refrigerante de Cola, limão e gelo.
Como tudo na vida, várias versões existem e nenhuma seria absolutamente verdadeiramente ou inteiramente falsa. A história é assim, quem inventou o avião? Nós mastologistas não podemos ser diferentes, convivemos com este dilema em várias situações: quem iniciou a cirurgia conservadora para o tratamento do câncer de mama?
Mas voltemos ao drink: O Cuba Libre atingiu seu pico de popularidade nos EUA durante a década de 40 pois que durante a guerra toda a produção de destilados foi suspensa para a produção de álcool industrial e na falta de Uísque e Gin, os americanos voltaram-se para o Rum importado do Caribe. O açúcar também foi racionado limitando assim a fabricação de muitos coquetéis clássicos e afetando a produção de refrigerantes como ginger ale. No entanto, a Coca Cola permaneceu disponível durante todo este tempo.
Neste momento o drink já tinha seus quase 50 anos! Podemos concluir que nós médicos atingiríamos nosso pico de desempenho nesta idade também? Acho que não.
A história mais aceita da criação desse coquetel é contada pela família Bacardi, dona da marca de Rum dominante na ilha naquele momento.
No final da década de 1890, mal terminada a guerra de independência de Cuba contra os espanhóis, Warren Candler, irmão do dono da Coca Cola, inicia um processo de expansão do produto neste mercado. Já em 1900 o refrigerante era popular e amplamente disponível na ilha. Vários militares americanos que ainda permaneciam na ilha consumiam a mistura “Bacardi Rum com Coca Cola e limão exprimido”. Acredita-se que o Capitão Russell tenha sido o primeiro a solicitar, ainda sem nome.
Em agosto de 1900 no “The American Bar” em Havana quando questionado sobre qual seria o nome deste novo drink e rodeado por vários outros já municiados em seus copos com a bendita mistura, levanta o copo e propõe um brinde “por Cuba Libre”.
E assim foi batizado um dos mais famosos drinks da história, contudo, beba com moderação e se beber, não dirija!
*Mastologista Alexandre Villela de Freitas – Secretário da SBM Rio