Atividade física pode combater a fadiga e o declínio cognitivo em sobreviventes de câncer

Um novo estudo indica que pacientes com câncer e sobreviventes têm uma arma pronta contra a fadiga e “quimio cerebral” – uma caminhada vigorosa.

 

Por DR. Ricardo Queiroga

Pesquisadores da Universidade de Illinois, juntamente com colaboradores da Digital Artefacts em Iowa, e Northeastern University em Boston, analisaram a associação entre atividade física, fadiga e desempenho em tarefas cognitivas em cerca de 300 sobreviventes de câncer de mama.

 

“Os dados sugerem que ser mais ativo fisicamente poderia reduzir dois dos sintomas mais comumente relatados em sobreviventes de câncer de mama: fadiga e comprometimento cognitivo”, segundo o líder do estudo Edward McAuley, professor de cinesiologia e saúde da família em Illinois. “A maioria das pessoas pensa: ‘Se eu me exercitar, vou ficar cansado’. Em nosso estudo, o exercício, na verdade, foi associado à redução da fadiga, que, por sua vez, foi associada a uma melhor função cognitiva. ”

 

O comprometimento cognitivo, como problemas de memória ou períodos de atenção encurtados, é uma queixa comum entre pacientes com câncer e sobreviventes, e acredita-se que seja similar ao declínio devido ao envelhecimento. Pesquisas anteriores em Illinois exploraram o efeito da aptidão física no declínio cognitivo relacionado à idade, de modo que os pesquisadores se perguntaram se os sobreviventes de câncer responderiam de forma semelhante ao exercício.

 

“Outros estudos de sobreviventes de câncer tinham como base pequenas amostras de sobreviventes de câncer e usaram medidas de atividade física e funções cognitivas que podem ser muito tendenciosas”, disse a pesquisadora pós-doutora Diane Ehlers, a primeira autora do estudo que fora publicado na revista Breast Cancer Research and Treatment. “O que torna o nosso estudo inovador é que tínhamos medidas objetivas para a atividade física e desempenho cognitivo, e uma amostra nacional de sobreviventes de câncer de mama.”

 

Os pesquisadores trabalharam com a Digital Artefacts – desenvolvedora do aplicativo comercial de neurociência BrainBaseline – para criar um aplicativo para iPad adaptado a este estudo. O aplicativo incluiu questionários e atividades destinadas a medir habilidades